MP investiga lavagem de dinheiro e corrupção no Semae de São Leopoldo
- Max Huber
- 1 de ago. de 2019
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul, com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realiza nesta quinta-feira uma operação para investigar crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e favorecimento da ordem cronológica de pagamentos pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo.
De acordo com o MP, 12 mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos na cidade do Vale do Sinos, em Porto Alegre e em Florianópolis, no estado de Santa Catarina. Nove pessoas e três empresas são alvos da apuração que ainda conta com a participação do Ministério Público catarinense.
O coordenador do Gaeco-Saúde, João Afonso Beltrame, relatou que três ex-funcionários do Semae teriam recebido propina para favorecerem a contratação e o pagamento de empresas para a realização de serviços gerais, limpeza, zeladoria e segurança entre o final de 2014 e o início de 2016. Um dos servidores, à época, teria recebido R$ 500 mil de empresas ligadas ao esquema.
Segundo Beltrame, a análise de documentos demonstrou que a renda declarada dos investigados, que eram servidores do Semae à época dos fatos, não é compatível com suas movimentações financeiras. Há, ainda, indícios de que, para ocultar a origem das propinas recebidas, foram realizadas transações financeiras simuladas, o que configura o crime de lavagem de dinheiro. O total de valores e do prejuízo ao erário será calculado a partir das informações coletadas no cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais diligências realizadas. As investigações derivam da Operação Purgato, da Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre.
| Foto: Ministério Público / Divulgação / CP
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